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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Revelação e Reação :: Matt Redman ::




“Tenho pensado no louvor em termos de janelas de revelação e
reação. Que tipo de revelação a música que usamos produz nas
pessoas quando cantam? Elas compõem um grande painel sobre
Deus? As nossas reuniões de louvor demonstram suficientemente
a graça e a glória de Deus, de maneira a despertar os corações
adormecidos e desanimados? Estamos agindo de uma maneira que
corresponda à revelação recebida? O louvor é sempre uma resposta à revelação.
Examinando estes dois aspectos da adoração, vejo que tenho
dado mais atenção a um do que ao outro. Freqüentemente,
na ministração do louvor, estou mais consciente do elemento da
reação do que da revelação. Então, me pergunto, se não acontece o
mesmo com outros líderes de louvor.
Em alguns cultos, fica óbvio que o líder de louvor está concentrado,
acima de tudo, em obter uma reação da congregação.
A ênfase, infelizmente, não está na integridade e na essência da
adoração. As pessoas recebem uma enxurrada de incentivos enfáticos
para gritar, bater palmas, dançar ou qualquer outra coisa que
se possa imaginar. Em vez de buscar um transbordar verdadeiro
e significativo do coração, os líderes fazem uma espécie de competição
de discoteca, onde ganha o participante mais exagerado.
Sim, é muito fácil apontar para o outro, mas será que sou diferente
quando lidero o louvor? O que se passa na minha cabeça quando
estou liderando?
Você já liderou reuniões nas quais sua mente usou o “palmômetro”
no final de cada música, para checar se estava na direção
certa? Afinal de contas, se as pessoas aplaudem no final das músicas
mais animadas, significa que o culto está indo bem, não é? Será
que às vezes me percebo sondando o horizonte da congregação à
procura de algum sinal de vida? Alguns braços erguidos, talvez –
isso pode significar que o louvor está funcionando! Em um momento
de maior reverência, dou uma espiada para ver a reação das
pessoas, para ver se há alguém de joelhos ou chorando?
Estou exagerando para chegar ao ponto. Mas espero que
a idéia tenha ficado clara: muitas vezes sou levado a buscar uma
reação das pessoas. Queremos ver resultados, não é?
Dançar, levantar as mãos, bater palmas e ajoelhar são coisas
potencialmente boas. Mas, ao invés de ficarmos desesperados para
ver essas coisas acontecerem (ou, o que é ainda pior, tentar fazer com
que aconteçam), devemos estar mais interessados no que está atrás
dessas reações (ou da falta delas). A diferença é sutil, mas muito importante
para a atitude mental correta de qualquer líder de louvor.
E isso nos leva direto à revelação. Antes de nos consumirmos
sobre como as pessoas estão reagindo, é bom estarmos conscientes do
que está motivando a reação delas. Como líder de louvor, ou como
compositor, precisamos estar mais atentos à santidade de Deus em
nossas composições musicais e na nossa maneira de liderar. Quais os
aspectos das maravilhas e da glória do Senhor que estamos apresentando
às pessoas, para que elas coloquem seus corações em Deus? O
que estamos fazendo contribui para que os corações, mentes e almas
lembrem-se das obras de misericórdia que Deus tem realizado em
favor deles e da maravilhosa graça que lhes foi ofertada?
A responsabilidade não é apenas nossa, é verdade. Todos os
envolvidos no culto têm que fazer a sua parte. Mas, precisamos levar
nosso papel mais a sério. Ao invés de tentar conduzir as pessoas
(ainda que sutilmente) para uma certa reação, podemos mudar a
abordagem. Vamos procurar escolher músicas que sejam tão carregadas
de nosso glorioso Jesus, que acendam um fogo novo, produzindo
uma reação que venha diretamente do coração das pessoas
quando cantarem.
William Temple escreveu:
Louvar é despertar a consciência quanto à santidade de Deus,
Alimentar a mente com a verdade de Deus,
Purificar a imaginação com a beleza de Deus,
Abrir o coração ao amor de Deus e
Devotar a vontade ao propósito de Deus.
Observe o quanto essa definição de louvor de W. Temple está
centralizada na revelação. Aqui temos um homem que sabia que,
se levamos as pessoas a se ligarem na santidade, verdade e beleza
de Deus, o resultado é a devoção de sua vontade ao propósito de
Deus. Precisamos derramar nossas vidas completamente no louvor.
Afinal, esta é a reação categórica de qualquer um que tenha verdadeiramente
reconhecido a revelação avassaladora de Deus.”
Matt Redman
Artigo de Matt Redman publicado no livro: ”A Essencia da Adoração”, Editora Tempo de Colheita




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